Higiene íntima feminina: o que é e como fazer?
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Higiene íntima feminina: o que é e como fazer?


Mulher de toalha apertando frasco para o produto cair na mão.
Imagem: Yandex

A higiene íntima feminina ainda é um assunto muito controverso. Toda hora é alguém dizendo que precisa se lavar com água e sabão, outros falando que só água tá bom, e tem até quem diga que não precisa nem lavar! São tantas informações que as mulheres ficam perdidas, sem saber em quem confiar.


Neste artigo, vamos desmistificar crenças, dar o passo a passo para uma higiene íntima feminina de milhões, e ainda indicar quais produtos são perfeitos para te ajudar nesse processo. Pronta para aprender a se cuidar de uma vez por todas?


Conheça seu corpo

Mulher de coque em uma banheira olhando para a janela.
Imagem: Yandex

Não é nenhuma surpresa que as informações sobre higiene íntima feminina sejam tão mal-divulgadas. A desinformação é o que nos torna prisioneiras de um sistema que tenta impedir nosso autoconhecimento. Afinal, quanto menos nos conhecermos, menos autonomia (inclusive no prazer) teremos.


Para que você conheça seu corpo, antes de explicarmos o que é higiene íntima feminina e como fazê-la, precisamos falar sobre a diferença entre vulva e vagina.


Vulva é o nome dado para toda a parte externa do nosso órgão, que engloba os lábios internos e externos, o clitóris e o canal vaginal. A vagina, por sua vez, é a entrada desse canal, que possibilita as funções reprodutivas e menstruais. Quando resumimos tudo á vagina, acabamos, mesmo sem intenção, deixando de lado nosso clitóris e todo o resto que existe para o nosso prazer (aí não dá, né?).


Autoconhecimento, autocuidado e prazer sempre estiveram (e sempre estarão) diretamente associados. Aprender o que é melhor para o seu corpo é o primeiro passo para uma vida muito mais feliz!


Para seguir nessa jornada de autoconhecimento, leia Você tem vergonha da sua vulva?.


Como fazer a higiene íntima feminina?

Mulher negra de óculos, com camiseta branca e cara de pensativa.
Imagem: Yandex

A higiene íntima feminina está relacionada a práticas que evitam a disseminação e a transmissão de microrganismos patogênicos, causadores de doenças ginecológicas.


Para fazer essa limpeza corretamente, são necessários água e um sabonete íntimo hipoalergênico. Sabonetes em barra não podem ser utilizados, pois, por ficarem expostos e úmidos no ambiente, são um meio de proliferação bacteriana. Além disso, caso sejam compartilhados com outras pessoas na residência, permitem a transmissão de resíduos corporais de outros indivíduos para a sua região genital.


Lembre-se: a higiene íntima feminina diz respeito somente à vulva. Você não deve fazer duchas higiênicas ou irrigações vaginais, pois a vagina é autolimpante: seu nível de gordura (mais baixo do que o da vulva) é suficiente para evitar o acúmulo de sujeira, e para mantê-la umidificada.


Como funciona a autolimpeza da vagina?

A autolimpeza se dá por meio do fluido vaginal, composto por restos celulares, microrganismos e substâncias antimicrobianas, que passa pelo canal vaginal e é expelido ao desembocar na vulva. Muitas vezes, essa descarga vaginal acaba sendo confundida com corrimento anormal, levando mulheres a pensarem que têm algum problema ou que precisam limpar a vagina.


A água pode até parecer “inofensiva”. Mas, caso você a introduza na vagina, estará provocando um desequilíbrio dos microrganismos que ali residem, o que altera o pH vaginal, prejudica a defesa natural e favorece o surgimento de vulvovaginites, como a vaginose bacteriana.


Quando não tratada corretamente, a vaginose bacteriana gera muitas complicações. Em grávidas, pode induzir ao parto prematuro, aborto, baixo peso em recém-nascidos e endometrite (inflamação bacteriana persistente no endométrio). E, em casos ainda mais graves, infertilidade, lesões pré-cancerosas no colo uterino, infecções pós-cirúrgicas ginecológicas e doenças inflamatórias pélvicas.


Além disso, as bactérias podem formar biofilmes que facilitam a adesão de outros patógenos, tornando o corpo mais suscetível a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como por exemplo, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).


Saiba mais sobre ISTs aqui, no blog da Sys.


Passo a passo para a higiene íntima feminina

  • Primeiro, lave a área externa só com água corrente em temperatura ambiente, fazendo movimentos circulares por até 2 minutos (mais tempo pode favorecer o ressecamento da pele);

  • Utilizando um sabonete íntimo adequado, faça a higienização da região vulvar para a região perianal — vulva, região pubiana, região perianal e raiz das coxas;

  • Durante a limpeza, você deve atingir todas as dobras, sem exceção, e evitar trazer o conteúdo perianal para a região vulvar. Inclua os lábios internos e externos e o clitóris;

  • Faça a higiene com sabonete íntimo, em média, duas vezes ao dia — adeque a quantidade de vezes à temperatura ambiente (no clima quente, ela pode ser feita de uma a três vezes ao dia e, no clima frio, uma vez ao dia), idade (no período pós-menopausa, deve ser feita, no máximo, duas vezes ao dia, para evitar maior ressecamento) e fase do ciclo menstrual (durante a menstruação, recomenda-se um menor intervalo entre as limpezas, para a maior remoção de resíduos e melhora na ventilação genital);

  • Seque a região com uma toalha de algodão.

Para a higiene íntima de mulheres com dermatite atópica ou vulvites de contato, além de seguir com o tratamento médico, o melhor é evitar o uso de papel higiênico, principalmente os que têm cores, perfumes e textura áspera, e de géis lubrificantes. A higiene pode ser feita apenas com água em temperatura ambiente. Depois, é só secar a região com uma toalha limpa e macia.


Quais os melhores cuidados de higiene íntima feminina?

  • A higiene anal deve ser feita da vulva para o ânus

O contrário permite que o papel higiênico conduza resíduos fecais em direção à vagina e à uretra, favorecendo a contaminação e o desenvolvimento de candidíase vulvovaginal uma pesquisa feita no Egito e publicada no IOSR Journal of Nursing and Health Science constatou que a maior parte das mulheres que apresentavam infecção vaginal realizavam a higiene íntima no sentido incorreto (64% - 75%).

  • Não utilize produtos que causam irritação na vulva

Alguns exemplos são perfumes, desodorantes, talcos, lenços umedecidos, cremes e papel higiênico perfumado, que possuem diversas adições químicas em sua composição. Eles podem causar modificações fisiológicas, que resultam em irritações e infecções.

  • Prefira vestimentas não tão apertadas

Roupas muito justas aumentam a temperatura e impedem que a região se areje. Além disso, o acúmulo de umidade causado por secreções, e os microtraumas ocasionados pela fricção da roupa, tornam o ambiente mais propício a transtornos vulvovaginais, como alergias e vulvovaginites.

  • Evite calcinhas feitas de materiais sintéticos

Esse tipo de roupa íntima favorece o aquecimento e a retenção de umidade, causando a proliferação de bactérias, fungos, vírus e protozoários. Prefira calcinhas de algodão, que possibilitam maior aeração, contribuindo positivamente com a microbiota da vulva.


Você também deve fazer trocas diárias das peças íntimas. Não se esqueça de lavá-las corretamente, evitando que o material absorva resquícios de produto.


Caso você tenha o costume de lavar as calcinhas no banho, saiba que a limpeza com sabonete comum funciona apenas como pré-lavagem. Posteriormente, é importante reforçá-la com produtos adequados. A secagem deve acontecer em locais arejados, de preferência sob o sol.

  • Não utilize roupas molhadas por muito tempo

A umidade contínua na região genital contribui para o crescimento de leveduras (tipos de fungo). Além disso, caso a pessoa esteja na piscina, o cloro presente na água tem potencial irritante.


O aumento de fungos causado pela umidade pode levar à famosa candidíase. Clique aqui para aprender a evitá-la.

  • Não utilize absorventes caso não esteja menstruada

Esse uso dificulta a aeração local, favorecendo o surgimento de vulvovaginites.

  • Opte por absorventes íntimos respiráveis (sem película plástica)

Prefira modelos com microporos, que permitem a circulação de ar, evitando abafamento e acúmulo de umidade.


Que tal conhecer os absorventes ecológicos, que são melhores para o seu corpo e para o meio ambiente? Confira aqui.

  • Higienize a vulva após ter relações sexuais

Após o ato sexual, lave a área genital externa com água + uma boa espuma ou sabonete íntimo. Mesmo nesse caso, continua sendo vetado fazer duchas vaginais, com ou sem produto.


Situações específicas

  • Puerpério recente

Priorize o uso de espuma ou sabonete íntimo com pH levemente ácido e higienize a vulva com mais frequência. Essa higienização deve ser feita com muito cuidado. Afinal, a pele vulvar e a mucosa vaginal estarão mais irritadas pela redução dos níveis de estrogênio, loquiação (sangramento pós-parto. Secreção composta por sangue, restos de tecido do útero e muco) e maior sudorese.

  • Pós-atividade física

Faça a higiene íntima com uma boa espuma ou sabonete íntimo logo após terminar a atividade física, para evitar que o suor e outras secreções irritem a vulva.

  • Pós-depilação

A depilação torna a vulva mais suscetível a foliculites, ressecamento e irritações. Por isso, recomenda-se o uso de substâncias antissépticas e anti-inflamatórias naturais, como água boricada, infusões de camomila, produtos da Nuaá (que possuem ingredientes naturais e calmantes) etc nas primeiras 24 horas após se depilar.


Saiba mais sobre os métodos e problemáticas da depilação feminina aqui.


Qual o melhor sabonete para a higiene íntima feminina?

Além do fator exposição, o sabonete tradicional em barra é composto por ingredientes desfavoráveis à região genital, como perfumes, sais inorgânicos e aditivos, e tem pH alcalino (o pH vulvar e vaginal é ácido — entre 3,8 e 4,5), características que podem promover o ressecamento da genitália.


Por isso, os melhores cuidados com a higiene íntima feminina envolvem escolher um sabonete íntimo líquido (os sólidos são mais abrasivos — com o tempo, podem desgastar a pele por conta do atrito), hipoalergênico, com detergência suave, que apresente pH ácido, próximo ao fisiológico (variando entre 4,2 e 5,6). Tais fatores evitam o desenvolvimento de alergias, e a remoção exagerada da camada de gordura que protege a vulva.


O sabonete de glicerina (pH neutro) é, muitas vezes, visto como uma alternativa para a higiene íntima feminina, mas ele também pode ressecar a vulva. Isso porque absorve água em excesso para fora da pele, causando mais secura e irritação. Assim, a melhor opção sempre será uma espuma ou sabonete íntimo com pH adequado para a região genital.


Quer saber mais sobre como escolher o melhor sabonete para a sua higiene íntima? Confira o artigo da Sys, “Usar sabonete íntimo faz mal?”.


Higiene íntima de milhões

Agora que você já sabe as características do sabonete para a higiene íntima ideal, deve estar se perguntando “por onde começo a procurá-lo?”.


Sabemos que, com tantas opções no mercado, pode ser difícil escolher um produto de fato confiável, que não seja agressivo à sensibilidade da vulva. Por isso, te convidamos a conhecer a Nuaá, que desenvolve espumas de limpeza e outros produtos a partir de ingredientes naturais, alinhando sustentabilidade, natureza e biotecnologia.


A linha inteira de higiene íntima é livre de parabenos, silicones, sulfatos, óleo mineral, álcool etílico, fragrâncias sintéticas e corantes industrializados, garantindo saúde e conforto em todas as fases da sua vida.


Espuma Todo Dia

Para a higiene íntima diária, utilize a espuma de limpeza íntima natural para o banho, que segue os preceitos propostos pela Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Feita a partir de ingredientes naturais, e com pH 4,0 - 4,5, ela respeita a fisiologia da sua vulva, deixando-a sempre limpa e hidratada.


Vale lembrar que manter a hidratação da vulva é parte essencial da higiene íntima. Afinal, por estar em constante contato com o meio ambiente, ela está sujeita a fatores externos, que podem causar diminuição da taxa de gordura protetora, ressecamento e perda de imunidade.


Pensando nessa necessidade do nosso corpo, a espuma Todo Dia possui, em sua composição, ingredientes escolhidos a dedo. Confira:

  • Saponina da Quinoa — produto natural não-alergênico, que promove uma limpeza mais suave e nutritiva;

  • Óleo essencial — seleção de aromaterapia que conecta, acolhe, trata e concebe o ser feminino;

  • Prebióticos — ajuda que vem direto do néctar da flor Hoya carnus – Nectarobiota, que contribui para o regulamento da microbiota e favorece a diversidade de bactérias imunológicas;

  • Vitamina B3 — excelente hidratante para todos os tipos de pele.

Higiene íntima feminina na menstruação

Durante a menstruação, algumas alterações na flora vaginal tornam as mulheres mais suscetíveis a desenvolver infecções. Além disso, o absorvente externo pode manter o ambiente úmido e elevar a temperatura, favorecendo o surgimento da candidíase vulvovaginal.


A vulva, por estar em constante contato com a umidade retida e com os resíduos menstruais, também está propensa a dermatoses e dermatites de contato.


É por isso que, na menstruação, a higiene íntima deve ser feita em um intervalo de tempo mais curto. Utilize produtos específicos, que respeitem seu corpo e te tragam conforto nesse momento.


O kit de menstruação da Nuaá conta com a Be. menstruação, espuma de limpeza para a hora do banho, e com a Fresh, água para higiene íntima fora de casa. Além de proporcionarem uma sensação deliciosa de frescor, elas diminuem os odores provenientes da degradação do sangue e das células descamadas.


O melhor é que você pode adquiri-las juntas ou separadas, garantindo seu bem-estar de qualquer jeito!


Bora saber como menstruar com mais conforto? Confira o guia prático da Sys. E, se quiser conhecer todas as opções disponíveis de produtos menstruais, confira nosso Guia de produtos menstruais.


Higiene íntima feminina na menopausa

Durante a menopausa, sua higiene íntima também precisa de cuidados especiais. Nessa época, devido à menor espessura do epitélio (tecido que reveste toda a pele e a mucosa), é importante fazer a limpeza, no máximo, duas vezes ao dia, para evitar ressecamento e coceira.


Assim como na menstruação, escolha um produto que respeite as particularidades do momento, como a Be. Menopausa, espuma de limpeza para a hora do banho. Feita com óleos essenciais, ela devolve a vitalidade da pele, promove hidratação e higieniza sem agredir.


Quer saber mais sobre menopausa? Clique aqui para conferir informações valiosas sobre essa fase da vida.


Higiene íntima bem-feita = autocuidado valioso!

Ter uma boa higiene íntima é muito importante para a sua saúde e bem-estar. Afinal, esses cuidados garantem o conforto e a segurança merecidos para realizar todas as atividades que você precisa!


A Sys e a Nuaá estão sempre prontas para te ajudar nessa jornada de autocuidado e autoconhecimento! Vamos juntas?


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Fontes:


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