O que é sexualidade positiva?
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O que é sexualidade positiva?

Atualizado: 22 de jun. de 2022



Talvez você já tenha lido por aí posts, textos ou mesmo escutado em algum lugar o termo “Sexualidade Positiva”. Mas você sabe do que se trata? Vem com a gente que vamos te explicar esse conceito a partir da visão da Share Your Sex!


O que é sexualidade?


Vamos desembaralhar os conceitos: sexualidade e sexo são duas coisas diferentes. Enquanto sexo pode ser compreendido como uma relação que ocorre entre duas ou mais pessoas, que começa a ser experimentada a partir de um certo momento da vida, a sexualidade está conosco para ser explorada de maneira antes individual e pessoal, desde o momento em que estamos sendo gestadas.


A sexualidade é, essencialmente, uma dimensão fundamental do desenvolvimento humano, e é considerada por muitos estudiosos e estudiosas como uma parte fundamental da compreensão da evolução da história humana. Já parou pra pensar quantos embates, movimentos e até guerras foram movidas por questões sexuais? Da fofoca das vizinhas até a guerra de Tróia! Desde o momento em que estamos no ventre de nossas mães e começamos a escutar seus batimentos cardíacos, e desenvolver o que depois possibilitará nossos 5 sentidos, estamos experimentando nossa sexualidade e nos preparando e instigando para o que depois pode vir a ser o sexo.


“Ah, mas então vocês estão dizendo que crianças devem transar?” Não! Longe disso, mas, para um entendimento amplo da nossa sexualidade enquanto experiência de sensações através do corpo, é interessante se atentar que estar em contato com o mundo, suas cores, formas, texturas, cheiros e sensações; bem como com seu modo operante, econômico, político e cultural; interfere de maneira essencial na nossa sexualidade.


Quanto mais conhecermos e permitimos que nosso corpo sinta e se expresse, mais preparadas estaremos para a troca sexual com outra pessoa. Sem intimidade com nós mesmas, como esperamos mergulhar tranquilas na intimidade com o outro? Fica o questionamento.





Tá, mas e a sexualidade positiva?


Vamos então avançar um pouco: A nossa sexualidade nos foi apresentada de uma maneira extremamente negativa.


Quando começamos a ter curiosidade sobre sexo e sexualidade, não sendo apresentadas a um conteúdo educativo, acabamos buscando informações online, na pornografia, em revistas, ou em papos com amigas dois anos mais velhas que ~com certeza sabem de tudo~ só que não.


Como resultado disso, a maioria de nós é antes assustada por tabus e estigmas, do que apresentada ao prazer e ao cuidado. Crescemos sem conhecimento real da nossa sexualidade, suas potências e possibilidades; e mesmo quando encontramos informações interessantes e colocamos em prática aprofundamentos na nossa sexualidade, os estigmas, medos e preconceitos seguem assombrando nosso inconsciente. E é por isso que tantas de nós - já adultas - ainda temos medo de engravidar na adolescência. Fala aí se não é verdade?


Levando em conta então essa introdução NEGATIVA que recebemos, a sexualidade positiva propõe um outro olhar: uma visão panorâmica da nossa sexualidade, que considera a influência de fatores culturais, biológicos, psicológicos, políticos, religiosos, sociais e históricos na nossa sexualidade, e visa espalhar antes a palavra do prazer, do que a do tabu!


Imagine se, antes de ter sua primeira relação tivessem te ensinado sobre a localização e funcionamento do clitoris, a importancia da pele para aguçar os sentidos, e o uso correto da camisinha (sem amedrontar); ao invés de te enchido de “vai doer muito” “vai sangrar” “cuidado para escolher a pessoa certa” e tantas outras frases que travam nossas potências e contraem nosso corpo, levando, aí sim, à dor.





É uma questão de saúde!


Atualmente, a Organização Mundial da Saúde afirma que o bem-estar, a saúde sexual e reprodutiva são fatores importantes para que os indivíduos tenham senso de responsabilidade, segurança e satisfação sexual. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) define saúde sexual como: […] o estado de bem-estar físico, emocional, psicológico e social relacionado à sexualidade, não limitado à ausência de doença, disfunção ou doença.

A prórpia OMS também conceitua a sexualidade como algo além do sexo, marcando que engloba identidades e papéis de gênero, orientação sexual, prazer, erotismo, intimidade e reprodução.





Pela nossa infinita potência


Dizer que se enxerga a sexualidade a partir dessa visão positiva é trazer a tona a infinidade de prazer que podemos sentir, enxergar que a história e o patriarcado são muito responsáveis pelos males que podemos sofrer e sentir e também que a sexualidade vai ser experimentada de maneira diferente conforme nossas crenças, nosso recorte social e racial.


Vale aqui um adendo importante: Aqui na Share Your Sex queremos que o prazer, o tesão e o autoconhecimento sejam acessíveis a todas, então, mulheres de baixa renda têm gratuidade em todos os nossos produtos, incluindo a assinatura da Sys Club! É só chamar a gente na por mensagem no instagram


Apresentando esse conceito, temos como objetivo lembrar vocês que a nossa potência sexual pode e deve ser vivida com plenitude, leveza, carinho e muuuuito prazer! Trazer pra consciência essa visão positiva não é se fechar à questões de saúde ou ignorar baixas na libido (não estamos falando de positividade tóxica, hehe), mas é estar atenta para investigar o que ainda pode estar te inibindo, e se abrir para conhecer cada vez mais sua potência!




“A Sexualidade Positiva estimula o autoconhecimento, o domínio do próprio prazer e da energia sexual que pra mim, por exemplo, é fundamental. Eu preciso dessa energia pra criar, pra escrever, pra pulsar com a vida. E também, para me relacionar amorosamente com quem quer que seja, mas isso é o passo número 10 — tem muitas coisas antes mais importantes e fundamentais.” coloca a comunicadora e ativista pela erradicação da violência sexual, Sheylli Caleffi.


Que nós, então, possamos viver nossa sexualidade com abertura, educação, saúde e liberdade. E o melhor de tudo: toda essa jornada e mudança de olhar, depende somente de você. Vamos lá?


Referências:





 

Mari Williams



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